Vai e não vem mais
Em sentido único
Em direcção ao Mar.
Um sentido sem sentido.
de sentido Único
De quem sabe para onde vai;
E eu ..
Vejo o rio a passar
Cada gota diferente
Cada gota igual.
Se sou barragem
Ela ruiu
Se sou ponte
Ela caiu
Se sou açude
Ou a p... que o pariu
Não sou nada !
Porque o rio vai
Vai como sempre foi
Como sempre foram todos os rios.
Por mais pontes e barragens
O rio sempre flui.
O rio tem de seguir
Tem de morrer no mar
E no mar renasce
Como todos os rios
Em qualquer Mar
Em qualquer lugar.
Renasce como orvalho
Numa qualquer madrugada
Num qualquer lugar
Perto de qualquer rio
Que o leve ao Mar.
E deslizando
abraça o leito
que marca o caminho,
Indica o sentido
Que será sempre único,
Em direcção ao Mar.
E num ciclo infinito
O rio vai.
Todos os rios
Para todos os Mares.
E tudo é efémero
E tudo é Hoje
Amanhã é nada
Orvalho é Mar
O Mar é rio
E …o Rio sou eu !
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