VISTO DAQUI.... NÃO SEI

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segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Amores comparados


Depois de um grande Amor que se foi, porque todos os Amores acabam de uma forma ou de outra, tendemos a comparar as pessoas que cruzamos e que nos tocam,  com o “tal” Amor. Tentamos reconstruir nas cinzas do Amor Que se foi, um Amor novo à semelhança do outro.

Somos demasiadas vezes injustos com a “nova” pessoa porque é na singularidade que está a beleza e na unicidade que está a riqueza de uma relação, de um Amor.

Nenhum Amor novo poderá ter a presença de um Amor que durou. O amor deixou marcas em cada despedida, em cada reencontro, em cada fotografia, em cada móvel!

O novo Amor, por mais forte que seja, por melhor que seja ainda é … novo! Ainda irá ter de deixar a sua marca em coisas que tocaremos, em momentos que viveremos e um dia será esse o Amor velho, se assim o tempo o permitir.

Este erro (comparar) será tanto mais comum quanto mais forte terá sido o Amor ido e quanto mais sentimos a falta dele.

O novo Amor não será nunca uma cópia do anterior nem se assemelhará ao próximo porque os momentos são diferentes, as pessoas são diferentes.

Mesmo com a mesma pessoa o Amor teria sido diferente. O Amor é condicionado pelo tempo em que aparece, pelas circunstâncias em que cresce e seria sempre único se o momento fosse diferente.

Não Amo hoje como Amei no passado. Amo hoje como a minha vida me fez Amar, somando as experiências, que incluem os meus Amores passados.

O meu Amor de hoje “deve” a todos os meus Amores de ontem que me fizeram crescer, aprender com os erros e ser o que sou hoje.

Talvez chore um pouco mais tarde,

Talvez me proteja mais e te proteja mais

Talvez seja mais sincero

Talvez seja mais eu do que fui, e menos do que serei, se voltar a Amar

Temos menos a perder quando Já Amamos e mais a ganhar com um novo Amor.

O Tempo (mais uma vez o Tempo) faz-nos ser outros, sendo o mesmo.

Quando uma caricia tua é “só” uma caricia, e um Beijo teu, “só” um beijo e quando o teu nome soar tão familiar quanto o meu, estou pronto a Amar de novo e nesse momento, só nesse momento, o Amor antigo funde-se de forma indelével passa a fazer parte de mim, fazer parte do que sou. Não nos comparamos porque somos nós mesmos.

É quando não comparamos mais, que estamos prontos.


Parece simples … mas não é!

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