
Somos demasiadas vezes injustos com a “nova” pessoa porque é
na singularidade que está a beleza e na unicidade que está a riqueza de uma
relação, de um Amor.
Nenhum Amor novo poderá ter a presença de um Amor que durou.
O amor deixou marcas em cada despedida, em cada reencontro, em cada fotografia,
em cada móvel!
O novo Amor, por mais forte que seja, por melhor que seja
ainda é … novo! Ainda irá ter de deixar a sua marca em coisas que tocaremos, em
momentos que viveremos e um dia será esse o Amor velho, se assim o tempo o
permitir.
Este erro (comparar) será tanto mais comum quanto mais forte
terá sido o Amor ido e quanto mais sentimos a falta dele.
O novo Amor não será nunca uma cópia do anterior nem se assemelhará
ao próximo porque os momentos são diferentes, as pessoas são diferentes.
Mesmo com a mesma pessoa o Amor teria sido diferente. O Amor
é condicionado pelo tempo em que aparece, pelas circunstâncias em que cresce e
seria sempre único se o momento fosse diferente.
Não Amo hoje como Amei no passado. Amo hoje como a minha
vida me fez Amar, somando as experiências, que incluem os meus Amores passados.
O meu Amor de hoje “deve” a todos os meus Amores de ontem
que me fizeram crescer, aprender com os erros e ser o que sou hoje.
Talvez chore um pouco mais tarde,
Talvez me proteja mais e te proteja mais
Talvez seja mais sincero
Talvez seja mais eu do que fui, e menos do que serei, se
voltar a Amar
Temos menos a perder quando Já Amamos e mais a ganhar com um
novo Amor.
O Tempo (mais uma vez o Tempo) faz-nos ser outros, sendo o
mesmo.
Quando uma caricia tua é “só” uma caricia, e um Beijo teu, “só”
um beijo e quando o teu nome soar tão familiar quanto o meu, estou pronto a
Amar de novo e nesse momento, só nesse momento, o Amor antigo funde-se de forma
indelével passa a fazer parte de mim, fazer parte do que sou. Não nos
comparamos porque somos nós mesmos.
É quando não comparamos mais, que estamos prontos.
Parece simples … mas não é!
Sem comentários:
Enviar um comentário