
Todas estas fórmulas são atalhos para um caminho que devemos
percorrer na íntegra sob pena de as coisas não correrem como queremos.
Podemos emagrecer seguindo um qualquer regime milagroso que
o facebook nos apresenta ou podemos seguir os passos lógicos que são de ter
cuidado na alimentação e aumentar o exercício físico.
Um deles tem muito mais probabilidades
de sucesso do que o outro e assegura-nos que estamos no caminho correcto.
Livros de auto-ajuda com verdades incontornáveis vendem-nos
receitas milagrosas e querem nos fazer crer que basta acreditar em nós para ter
sucesso.
É obviamente falso, se assim fosse o número de pessoas de sucesso
seria igual aos milhões de livros vendidos.
Este preâmbulo serve para falar de felicidade e da sua busca,
mas sobretudo do encontro da mesma. A felicidade é normalmente encontrada longe
de onde achamos ou acharam por nós, que ela estaria. Podemos encontra-la no
local ou na pessoa mais improvável e não há caminho ou atalho que nos sirva
para chegarmos lá.
Não há escolha certa nessa busca, a não ser a escolha de
sermos nós mesmos e de olharmos sem filtros para o Mundo. São esses filtros que
muitas vezes nos escondem os caminhos e as pessoas onde poderemos encontrar a felicidade
ou alguma felicidade.
Estes filtros são-nos colocados por tudo aquilo que vivemos
antes, pelo que nos rodeia e por tudo aquilo que nos “vendem” como sendo a
escolha segura, a escolha certa, o caminho único que não é mais que o caminho
que segue a maioria.
Uma maioria que é infeliz e que nos apresenta uma
felicidade falsa em que queremos acreditar. Somos mais um, de um rebanho que
vai do ponto A ao ponto B sem olhar para as múltiplas opções que a vida nos dá
todos os dias, sem tempo de olharmos para onde pode estar a nossa felicidade.
Aprendemos desde cedo a ter medo de divergir, medo de sermos
ousados, medo de sermos nós mesmo. Para encontrar a felicidade (e não para
procurar) devemos ousar e talvez possamos encontrar ao longo do caminho os
ingredientes da receita mais complicada de todas.
Mas mesmo com todos os
ingredientes e como acontece em qualquer receita, é necessário engenho e
sabedoria para cozinhá-los como deve ser
A felicidade é o único prato que tem uma infinidade de
receitas e em que nenhuma pode ser repetida.
A felicidade não se procura, encontra-se, mas só se nos
prepararmos para a ver
A felicidade e é um estado e como qualquer estado não é absoluto
nem definitivo. É na felicidade que a gramática nos ajuda, nunca somos felizes…estamos
felizes!