Quando contamos o tempo, contamos os dias, as horas e os
minutos e se ainda tivermos tempo, talvez os segundos.
Será o tempo a soma de todas estas parcelas ou Pode o tempo
ser muito mais que isso?
Será que já é tempo? Será que temos tempo?
Numa madrugada fria, quando sair da tua cama quente, será
sempre cedo demais por mais tarde que seja e será sempre mais fria que outra
madrugada fria… coisas do tempo!
Nesta dança de ponteiros que se divertem a andar mais rápido quando não
olhamos, o tempo passa, o tempo foge e cada minuto que passou não volta e fica
perdido para sempre na eternidade onde se já se escondem todos os segundos que
passaram.
Um dia pode ser muito mais que um dia quando não te vejo e
um dia pode ser uma hora quando estou contigo. O tempo que passa não é igual ao
tempo que sinto e nesta confusão de tempos, o nosso tempo é Já.
Quanto tempo até ser tempo do tempo não ser problema?
Uma hora pode bastar, uma vida pode não ser suficiente e o
tempo que passa, já passou e fica-nos o tempo que sobra até o nosso tempo
acabar.
Hoje, passado algum tempo (muito ou pouco … não sei dizer)
desde o dia em que o tempo começou a contar, os relógios enlouqueceram, os pêndulos
balançam sem parar e os segundos atropelam minutos que batem nas horas dos dias
que passam uns após outros sem nos apercebermos.
Desde aquela Madrugada em que fui cedo demais passou tanto tempo e passaram tantas madrugadas, com tanto frio, que Já nem sei se o Tempo ainda é Tempo ou se se mudou para outro lugar.
Desde aquela Madrugada em que fui cedo demais passou tanto tempo e passaram tantas madrugadas, com tanto frio, que Já nem sei se o Tempo ainda é Tempo ou se se mudou para outro lugar.